terça-feira, 22 de abril de 2014

Para começar bem o 3º período

Capítulo 2

No dia seguinte levanto-me já é hora do almoço.
Após jantar tínhamos ido a uma discoteca. Como para o jantar fomos bastante apresentáveis nem sequer mudámos de roupa. O meu pai levou-nos na sua carrinha Peugeut de sete lugares. As gémeas foram atrás, no meio a Teresa, a Bea e a Sara e eu à frente com o meu pai. Estávamos todas com vestidos de cores diferentes: eu tinha um azul-marinho, a Teresa um rosa, a Bia um vermelho, a Sara um verde, a Ana um roxo e a Maria um preto. Também já andáramos durante o último mês a preparar as nossas vestes para este dia, mal seria se estivéssemos todas de igual.
Dançámos a noite inteira, mas pouco consumimos e também não tínhamos paciência para aturar rapazes desesperados que andavam em busca de conquistas.
É claro que hoje estou cansada e sem vontade de fazer alguma coisa que seja. Mas algo me levanta de sobressalto da cama. É um grito. Da minha mãe. Desço as escadas de rompante e …
- Não! Pai! O que aconteceu?
- Nada, não te preocupes. Eu estou bem. Foi só esta jarra que se partiu.
- Não foi só uma jarra, amor. Foi a jarra que a minha mãe me deu como prenda pelo nosso casamento. Já estava na família há três gerações.
- Mãe, isso agora não é importante. Ainda não viste que o pai não pára de sangrar.
- Hã, isso. Na semana passada chegaram os resultados daqueles exames que o teu pai fez, lembras-te?
- Sim, eu lembro-me. Foram aqueles de rotina que lhe obrigaram a fazer graças ao seu belíssimo estado.

O meu pai nos últimos meses tem vindo a perder peso e sente-se sempre cansado, então obriguei-o a ir ao médico. Andava estranho e já não tinha aquela alegria de viver. É verdade que estava numa boa fase da sua carreira e andava cheio de casos para julgar, mas ele sempre gostou de ser juiz e estava sempre entusiasmado quando lhe chegava um novo caso às suas mãos, pois era sinal de que estava a fazer um bom trabalho e que o seu esforço estava a ser reconhecido. Para mim estava-me a esconder algo, e agora, finalmente iria descobrir o que era.

(continua...)

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